Quatro projetos para lidar com demência premiados com 100 mil euros

Quatro projetos de startups vão avançar em hospitais e unidades de saúde portuguesas, para aplicar soluções digitais que melhorem a vida das pessoas com demência. Os selecionados vão receber mais de 100 mil euros no âmbito do programa "Building Tomorrow Together", uma iniciativa da farmacêutica Roche, em parceria com várias instituições do sistema de saúde português.

O Centro Hospitalar de São João, o Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, a Luz Saúde, a Lusíadas Saúde, a CUF e o Campos Neurológico participam neste projeto, de forma a desenvolver soluções capazes de responder a necessidades concretas de pessoas que vivem com demência, seus cuidadores e instituições de saúde.


Entre os projetos vencedores temos:

o iLoF (intelligent Lab on Fiber, em inglês), que vai ser implementado no centro hospitalar de São João, no Porto. Através de uma base de perfis biológicos e biomarcadores, fornece ferramentas para uma triagem mais rápida e portátil de risco de demência, usando nomeadamente inteligência artificial. Em comunicado, explicam que com uma análise de sangue, através de biomarcadores, poderão ser detetados precocemente sinais de demência, cujo objetivo será o de permitir antecipar o diagnóstico antes de a doença estar estabelecida.

O segundo projeto premiado, a ser aplicado no Campus Neurológico e na CUF, é o Somatix, que, através de uma bracelete, vai detetar gestos e movimentos para monitorizar ritmos de sono, risco de queda ou níveis de hidratação. Este dispositivo pretende reduzir hospitalizações e idas desnecessárias ao hospital.

O terceiro projeto é o Virtuleap (salto virtual, em inglês), que utiliza óculos de realidade virtual e uma aplicação para analisar a capacidade cognitiva e prever sinais de demência. Será uma ferramenta que permitirá aos hospitais e aos seus profissionais acompanhar cada doente.

O quarto projeto é o NeoNeuro, a ser aplicado no centro hospitalar entre Douro e Vouga. Mediante uma análise ao sangue com um protocolo e um equipamento próprio, trata-se de uma forma não invasiva e mais simples de fazer uma previsão da possibilidade de um doente poder vir a ter uma demência.

Até setembro de 2022, as startups selecionadas vão estar focadas em trabalhar em soluções adaptadas a três desafios-chave previamente estabelecidas pelos parceiros: a educação e prevenção da doença; o diagnóstico precoce e melhorado; e a gestão da doença e apoio a doentes e cuidadores. Após esta data, as soluções vão ser testadas no contexto real e apresentadas ao ecossistema de saúde

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