Empresas que transportam doentes dizem que SNS perde dinheiro por não lhes dar serviço

As empresas de transporte de doentes garantem que o Serviço Nacional de Saúde perde “muito dinheiro” por não lhes atribuir serviços, que dizem prestar por valores mais baixos, e receiam que esta “discriminação” vá custar muitos postos de trabalho.


A propósito de uma marcha de protesto que hoje levou 20 ambulâncias de transporte de doentes a circular pelas ruas de Lisboa, parando junto a vários serviços públicos, alguns proprietários dessas empresas denunciaram o que classificam de “uma discriminação”.
Em causa está o Regulamento de Transporte de Doentes, que data de Dezembro do ano passado e que impõe uma série de mudanças no sector.
“A presente portaria vem estabelecer um regime altamente exigente e persecutório. Sendo o transporte de doentes feito em regime concorrencial, a presente portaria vem estabelecer um regime diferenciado de acesso e operação”, lê-se num documento que representantes destas empresas entregaram hoje ao Ministério da Saúde.
Eduardo Rios, responsável de uma empresa em Oliveira de Azeméis, disse aos jornalistas, no início da marcha, que as mudanças que a portaria impõe vão pôr em causa 80 por cento das empresas.
O empresário refere que a actividade não está regulada de igual forma, com as associações que também se dedicam a esta área, como as juntas de freguesia, os bombeiros ou a Cruz Vermelha a terem de cumprir menos requisitos para aceder à actividade.
“O legislador tem de olhar de igual forma para todos os que trabalham nesta área”, adiantou.


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