CUIDADORES INFORMAIS PRECISAM DE ACOMPANHAMENTO


fonte: Mundo Sénior

Actualmente, existem cerca de 90 mil pessoas com esta demência a cuidado das famílias.

A maioria das pessoas que sofrem de Alzheimer está em casa, ao cuidado dos seus familiares, muitas vezes também idosos e doentes, e sem apoio de retaguarda. Actualmente, existem cerca de 90 mil pessoas com esta demência a cuidado das famílias, número que deverá duplicar em 2040. O desespero leva muitas pessoas, que não aguentam a sobrecarga, a querer desistir e até a verbalizar que vão por termo à vida. Mas casos levados ao extremo não são conhecidos da Associação Alzheimer de Portugal. “Caem em depressão profunda porque não sabem lidar com isto, que é muito assustador”, disse ao DN Marisa Mendes, assistente social da associação. Cuidar dos cuidadores é uma questão essencial, sublinha a assistente social, que diariamente lida com o desespero das famílias.

“A demência não afecta só os doentes, mas pode arrasar uma família, tal é o desgaste físico e emocional. Se os cuidadores não estiverem bem, ninguém pode cuidar”, afirma. Por isso, defende o seu acompanhamento e formação, seja em consultas de psicologia, grupos de acompanhamento ou entreajuda, serviços já disponibilizados na associação. “Perceber que os problemas não são só seus, e identificar-se com outros ajuda a gerir a situação”, acrescenta. A Associação Alzheimer de Portugal alerta também que não é fácil encontrar soluções para as famílias que não têm capacidade para ficar com os doentes em casa. Muitos lares não aceitam estes doentes porque exigem cuidados específicos e supervisão e muitas famílias não têm dinheiro para pagar os lares mais caros. Por outro lado, a rede de cuidados continuados do Estado ainda não tem unidades direccionadas para pessoas com demências, embora já tenha sido reconhecida essa necessidade.

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