Guimarães é uma cidade muito difícil para quem se desloca em cadeira de rodas

Sara Coutinho tem 47 anos e ficou sem o uso das pernas há 21

fonte: https://ominho.pt/guimaraes-e-uma-cidade-muito-dificil-para-quem-se-desloca-em-cadeira-de-rodas/

Sara Coutinho. Foto: Rui Dias / O MINHO

O encontro com Sara Coutinho ficou marcado para as 10:00 de uma segunda-feira, no largo do Toural, em Guimarães. Eram quase 10:20 quando lhe telefonamos para saber se lhe tinha acontecido algum imprevisto, uma vez que ainda não tinha chegado. Andava às voltas no parque de estacionamento de Camões, à procura do elevador para subir para o nível da rua.

Foi a primeira vez que estacionou no novo parque e parecia que ia correr tudo bem, “não havia ninguém estacionado no lugar reservado para deficientes”. O problema é que não há sinalética visível a indicar o caminho para o elevador e o parque é enorme. “Na receção não havia ninguém para dar informações. Já estava decidida a sair pela rua da Caldeirôa.”

Ainda bem que falámos ao telefone a tempo de lhe explicar onde ficava o elevador, senão, a manhã de Sara ia começar com um treino de braços, a empurrar a cadeira de rodas pela rua da Caldeirôa acima, à chuva. Depois de voltarmos ao local, verificamos que o elevador está indicado com sinalética, mas apenas no local, não havia forma de alguém que estava a usar o parque pela primeira vez descobrir onde ele estava.

Sara Coutinho tem 47 anos, ficou sem o uso das pernas há 21 anos. Foto: Rui Dias / O MINHO

“Optei pelo parque depois de percorrer as ruas aqui à volta e encontrar todos os lugares de estacionamento para deficientes ocupados. Espero que estejam ocupados realmente por deficientes, o que nem sempre é o caso”, lamenta Sara quando finalmente chega ao pé de nós.

Mesmo assim, chega cansada, porque o elevador fica umas boas dezenas de metros abaixo do nível do largo do Toural. “O parque até tem umas passadeiras ótimas, o problema é que assim que se sai para a rua é paralelo, não há propriamente um passeio, temos que andar no mesmo piso que os carros”. Depois de sair da travessa de Camões, finalmente há um passeio digno desse nome, “mas a subida é muito ingreme, felizmente apareceu uma senhora simpática que se ofereceu para me ajudar na subida.”

O Centro Histórico não tem uma única casa de banho adaptada

Atravessar a rua, no Centro Histórico, é uma aventura radical. Foto: Rui Dias / O MINHO

Antes de chegar ao largo do Toural, Sara passou pela casa de banho pública para deficientes, na rua de Camões, avariada. Antes de mais, explica, não é de bom senso colocar uma casa de banho para pessoas com limitações de movimento numa rua tão inclinada. A maioria das pessoas que se move numa cadeira de rodas não consegue vencer um declive tão acentuado.

Sara conta que tem estratégias para não se deixar intimidar pela falta de casas de banho no espaço público. “Até uma certa hora, o shopping está aberto, se estou a tomar um copo e sinto vontade, vou lá.” Quando o aperto é mais tardio, a solução é ir a casa, no Salgueiral, e depois voltar para a paródia. É um grande incómodo, mas nesta como noutras coisas, Sara não está disposta a deixar-se vencer pelas dificuldades.

Apesar de a maioria dos bares e restaurantes do Centro Histórico não terem condições para receber pessoas como ela, Sara não deixa de sair com os amigos, lutando contra as adversidades para manter uma vida o mais normal possível. “A questão é que, mesmo fora do Centro Histórico, continuam a abrir espaços sem casas de banho adaptadas”, acusa Sara. No caso do Centro Histórico, uma vez que os espaços não têm possibilidade de criar instalações sanitárias adaptadas, Sara defende que a solução devia passar por uma casa de banho adaptada construída pelo Município que servisse todo o Centro Histórico. “Cada espaço comercial teria uma chave que podia emprestar aos seus clientes. Bastava apenas a Câmara aceitar a proposta que fiz de adaptar as instalações sanitárias que já existem, na praça de Santiago”.

Apresentou o projeto ao Orçamento Participativo, há cinco anos, mas a proposta não reuniu a maioria dos votos e, portanto, não avançou. Na altura recebeu a promessa da Câmara que a obra seria para fazer, mesmo que não vencesse, mas, entretanto, ainda não aconteceu nada.

Sara já participou no Fórum Municipal da Pessoa com Deficiência, contudo, afirma-se desiludida. “Vejo que nenhuma das minhas propostas foi acolhida. A questão da casa de banho adaptada, o turismo acessível, a inclusão para as pessoas que estão fechadas em casa, o desporto adaptado…”.

A praça de Santiago é impraticável para pessoas em cadeira de rodas. Foto: Rui Dias / O MINHO

Estamos numa esplanada no largo do Toural, chove cada vez mais, não há nenhuma hipótese de entrarmos sem a Sara receber ajuda. O desnível entre o passeio e a soleira da porta serão uns bons vinte centímetros.

Nesta, como em outras situações, Sara confessa-se um pouco cansada. Tem 47 anos e teve que renascer há vinte e um anos atrás, depois de ter feito uma fratura da coluna lombar, num acidente de trabalho, no café onde trabalhava. Ficou sem o uso das pernas, teve que passar por um clavário de recuperação que demorou três anos e, no processo, decidiu que ia fazer alguma coisa de positivo com a sua história de vida.

“As pessoas existem, mas prevalece o conceito de que têm que estar em associações e que daí devem ir para casa”

Criou o Projeto Sara Coutinho que, segundo a sua definição, tem como missão “demonstrar aquilo que seria necessário para melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência.” Afirma que, “uma das coisas que me entristece é que vejo muito poucas pessoas como eu, em Guimarães. As pessoas existem, mas prevalece o conceito de que têm que estar em associações e que daí devem ir para casa. Outras, nem estão associadas em lado nenhum e ficam fechadas em casa.”

São estas pessoas que frequentemente contactam o Projeto Sara Coutinho nas redes sociais. “Dizem-me que estão presas em casa, que os pais são idosos e não conseguem ajudar, que não têm transporte e que os locais onde vivem não possuem acessibilidades para pessoas com deficiências. Isso deixa-me triste, estamos no século XXI, as pessoas deviam ter direito a viver vida.” A melhoria das acessibilidades não beneficia só as pessoas com deficiência, explica Sara, “a falta de acessibilidades condiciona toda a gente, as pessoas com carrinhos de bebés ou as que temporariamente têm que se deslocar com canadianas.”

A grande maioria das lojas são inacessíveis. Foto: Rui Dias / O MINHO

Depois de ter o acidente, Sara já foi nadadora de competição, já saltou de paraquedas, faz surf adaptado, faz fotografia de moda e foi o rosto de campanhas publicitárias. De uma adolescente e uma jovem adulta tímida, até introvertida, tornou-se numa comunicadora. “O meu acidente”, como se refere ao episódio que a colocou na cadeira de rodas, deu-lhe uma “força extra” para enfrentar a vida, “deu-me um clique.”

É convidada para dar conferências em escolas e universidades. Aquilo que faz para ajudar os outros é tão inspirador que já foi convidada para falar numa das muito mediáticas conferências TED. “Não temos que nos esconder da sociedade”, insiste, num dos temas que lhe é mais grato. Para Sara, o lugar dos deficientes é por toda a parte na nossa sociedade, recusa sempre a ideia de que estas pessoas devem ser arrumadas instituições.

Decidiu enfrentar a vida com isso em mente, “sem aceitar que me digam o que é que é certo fazer-se ou não”. Foi um processo doloroso, entre o Hospital de São João, o regresso ao Hospital de Guimarães, antes de voltar ao Porto, ao Hospital da Prelada. Foi uma recuperação física, mas também psicológica e espiritual. “Há alguma coisa que nos move, uma força interior, um acreditar em nós próprios e no nosso valor, que eu só descobri durante aquele processo”.

“Todos nós quando passamos por alguma coisa aterradora, podemos fazer alguma coisa para transformar isso em alguma coisa mais positiva…”

Hoje, tenta passar as forças que encontrou a outros. “Todos nós quando passamos por alguma coisa aterradora, podemos fazer alguma coisa para transformar isso em alguma coisa mais positiva e foi assim que nasceu o Projeto Sara Coutinho”. Os deficientes ouvem muitas vezes, “tu não podes”, lembra Sara, e é isso que ela quer ajudar a combater. “Muitas vezes, começa na família super-protetora”. “O feedback é muito enriquecedor, não só de pessoas com limitações físicas”.

Sara trabalha como designer gráfica, no tempo que a exigência do seu projeto lhe deixa livre, anda no ginásio e faz terapia. Vive com a mãe e divide as tarefas domésticas. “O facto de fazer desporto ajuda-me a não engordar e permite-me ter força para fazer as transferências, para colocar a cadeira no carro e para vencer os declives quando ando na rua”.

As soleiras são elevadas relativamente ao piso da rua e não há rampas. Foto: Rui Dias / O MINHO

Numa volta pelo Centro Histórico de Guimarães, foi fácil perceber para que é que a Sara precisa da força. Partindo do Toural, em direção ao largo da Misericórdia impõe-se logo a força de braços para vencer o declive. “Queres ajuda?” – A resposta é positiva. Ao contrário de algumas pessoas na mesma situação, Sara não tem qualquer problema em receber ajuda. “Às vezes é a única maneira de vencer os obstáculos”, reconhece.

Se quisesse rezar, na igreja da Misericórdia, não o podia fazer, “não há maneira de vencer estes degraus”. Se fosse turista, a fotografia teria de ficar pela porta da igreja. Relativamente ao turismo, Sara defende que Guimarães tem um longo caminho para andar. Sintra, onde deu a cara pela campanha “Parques de Sintra Acolhem Melhor”, “é um exemplo do que se pode fazer de bom nesta área.”

Na sua opinião, a justificação de que se trata de uma zona histórica não serve para não se fazer nada. “Então estas lojas não podiam ter uma rampa amovível, qual era o problema? Guimarães terá assim tanto património histórico a mais que Sintra?”.

Até no largo do Toural, intervencionado em 2011, as lojas são inacessíveis. Foto: Rui Dias / O MINHO

Em Sintra, foi implementado um programa que inclui transportes adaptados entre os principais centros de interesse turístico, um equipamento de tração que pode ser alugado para acoplar à cadeira de rodas, que permite vencer declives até 20%, instalações sanitárias adaptadas em todos os parques e monumentos, elevador no Palácio da Pena, sinalética inclusiva, acesso aos terraços, rampas amovíveis em todos os monumentos e loja acessíveis. Até o Castelo dos Mouros é visitável, através de uma plataforma elevatória. Para os invisuais há visitas sensoriais e há também visitas guiadas em linguagem gestual.

Atravessar a rua é uma aventura radical

Quando chegamos ao largo da Oliveira, atravessar a rua é uma aventura radical. Sem uma rampa, a única alternativa é virar a cadeira de costas e descer de marcha atrás. Convém ter alguém a ajudar nesta manobra, para não cair de costas, lá se vai a autonomia. Do outro lado da rua, é preciso fazer um “cavalinho”, para não correr riscos é conveniente ter alguém atrás da cadeira.

O parque de Camões, feito há um ano, está cheio de obstáculos. Foto: Rui Dias / O MINHO

Chegados à Praça de Santiago, convém dizer que Sara faz todo este caminho a cumprimentar gente, ou seja ela é conhecida por ser das poucas que se aventura por este território em cadeira de rodas. Estamos a milhas de uma casa de banho que Sara possa usar. Vamos até ao Posto de Turismo.

Vamos, mas é preciso coragem e pulso para manejar a cadeira de rodas no paralelo grosseiro. Experiente, Sara coloca uma roda em cima das grandes lajes que cortam o pavimento, aquelas duas rodas sempre sofrem menos a trepidação. “Bastava que estas lajes fossem um pouco mais largas, de forma que a cadeira pudesse circular com as quatro rodas em cima delas”, explica. Em frente ao posto do Turismo, concluímos que não podemos entrar sem manobras arriscadas. A soleira é elevada relativamente ao pavimento exterior e não há rampas à vista.

Descer a praça de Santiago é outra aventura, com as pequenas rodas da frente da cadeira a prenderem-se nos paralelos, ameaçando projetar o corpo de Sara para a frente. Mais uma vez, bastava que as lajes que riscam o pavimento fossem um pouco mais largas para uma cadeira poder circular em cima delas.

De volta ao Toural, pela rua da Rainha, a conclusão é que há apenas uma loja em que Sara poderia entrar sem ajuda e, nessa, não conseguiria manobrar a cadeira no interior. No próprio largo do Toural, intervencionado em 2011, a soleira da porta das lojas fica bem acima do pavimento e rampas nem vê-las.

Nas conferências, fala sobre assuntos que despertam a curiosidade das pessoas de forma desinibida e natural: vida sexual, saídas noturnas, conduzir, fazer desporto, como toma banho, como dorme. “Estes testemunhos são importantes, porque as pessoas pensam que alguém está numa cadeira de rodas é completamente incapaz, não tem vontade própria, é comandada por outros.” No fim das palestras recebe abraços e elogios emocionados de pessoas com limitações e de outras que não tendo deficiência se sentem inspiradas pela sua história. “A sociedade não está habituada a ver pessoas como eu, a maioria fica escondida em casa, por isso também não se adapta e tem tantas dúvidas”.

A sinalética insuficiente ou inexistente é um dos grandes problemas. Foto: Rui Dias / O MINHO

“É bom para o negócio tornar a cidade, os monumentos e o comércio acessíveis”

“Guimarães é uma cidade muito difícil para quem se desloca em cadeira de rodas”, afirma perentoriamente. Reconhece que vai vencendo as dificuldades pela sua força de vontade e por ter pessoas que a rodeiam e lhe dão ajuda. “Podemos ver hoje, no pequeno trajeto que fizemos que eu não consigo ser autónoma. Nem mesmo no parque de estacionamento que foi feito há um ano”.

Sara lembra que, se não for por outra razão, “é bom para o negócio tornar a cidade, os monumentos e o comércio acessíveis”, até porque a Comissão Europeia (CE) estimava que, em 2020, um quinto da população europeia tinha algum tipo de deficiência. A CE instituiu, desde 2010, um “Prémio Cidade Acessível”, que premeia as melhores práticas de cidades para se tornarem mais acessíveis. Até ao momento, nenhuma cidade portuguesa foi premiada. A Suécia destaca-se com três cidades vencedoras: Gotemburgo (2014), Boras (2015) e Jönköping (2021). Os outros países com cidades vencedoras foram a Áustria, Alemanha, Itália, Reino Unido, França, Países Baixos e Polónia. Os nossos vizinhos espanhóis venceram, em 2011, com a cidade histórica de Ávila, provando que a preservação do património não é um obstáculo a implementação de medidas de acessibilidade para todos.

Chegou a hora de regressar ao parque de estacionamento. Acompanhamos a Sara e é óbvio que também para quem entra pela travessa de Camões não há sinalética a indicar os elevadores. A pessoa pode sentir-se tentada a descer pela rampa destinada aos carros, com os riscos inerentes. Despedimo-nos e ficamos a contemplar a destreza com que entra no carro, pelo lado do passageiro, desmonta a cadeira, uma roda, depois a outra, de seguida o corpo da cadeira. Com tudo encafuado no banco de trás, passa-se para o banco do condutor e aí vai ela. 

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