Açores reestrutura serviço de apoio ao domicílio a idosos e dependentes

O Governo Regional anunciou que vai reestruturar o serviço de apoio ao domicílio, até 2016, para permitir que os idosos e os dependentes permaneçam mais tempo junto das famílias.
  
"Este programa regional visa duas vertentes: uma primeira, que é de restruturação dos serviços de apoio ao domicílio, e uma segunda, que é de um apoio dirigido ao cuidador", salientou a secretária regional da Solidariedade Social, Andreia Cardoso, à margem de uma apresentação a diversas instituições do Programa Regional de Reestruturação do Serviço Domiciliário e de Apoio aos Cuidadores, em Angra do Heroísmo.
A tutela já iniciou, em 2014, um inquérito às instituições e vai também questionar os familiares dos utentes no sentido de avaliar e caraterizar os serviços de apoio ao domicílio, mas também as necessidades dos utentes que permanecem em casa.
Segundo Andreia Cardoso, o objetivo é perceber onde é que é necessário "aumentar a tipologia de serviços prestados aos utentes e alargar o horário dos serviços prestados ao domicílio".
Atualmente, a região tem 41 serviços de apoio ao domicílio em todas as ilhas, sendo que de um inquérito a 36 deles, verificou-se que 14 funcionam todos os dias, 15 de segunda a sábado e sete apenas nos dias úteis.
Por outro lado, a tutela vai promover o descanso do cuidador informal, para evitar que entre em desgaste físico e emocional.
Nesse sentido, será criada regulamentação específica para definir os critérios de acolhimento temporário de idosos e dependentes nas instituições, o número de camas reservadas para estas situações e a comparticipação do Governo Regional e do utente.
"É fundamental reservar um conjunto de vagas nas estruturas residenciais que permitam o descanso do cuidador por questões de saúde e outras, mas também a formação e sensibilização dos próprios cuidadores", salientou Andreia Cardoso.
Para além do direito ao descanso, os cuidadores informais terão também acesso a atendimento psicológico presencial e telefónico e está prevista uma maior "interligação entre o cuidador formal e informal".
Também os cuidadores formais terão formação para estarem habilitados à prestação deste serviço, tendo em conta que os utentes "são cada vez mais dependentes".
O programa vai ainda avaliar as listas de espera dos lares residenciais para perceber o que são as necessidades efetivas de internamento em lar, porque, segundo Andreia Cardoso, a reestruturação do serviço de apoio ao domicílio pode dar resposta a algumas dessas necessidades.
Também o financiamento público às Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e às Misericórdias e a comparticipação familiar serão revistas, de acordo com a secretária regional.
"Deste inquérito que vai ser feito aos utentes, uma das avaliações que se pretende fazer é se o atual modelo de comparticipação familiar está ou não ajustado àquela que é a possibilidade que a família ou o idoso tem de comparticipar este serviço", salientou.

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