240 idosos do Porto vão perder apoio domiciliário

Daqui a três meses, 240 idosos do centro do Porto vão perder o apoio domiciliário da União de Freguesias. São pessoas sem família e com poucos recursos que vão ficar sem a única visita diária e ajuda que têm.

Fátima Carvalho mete a chave na fechadura e abre a porta da casa de Filomena Castro. "D. Filomena? Trago o almoço", anuncia a técnica social da União de Freguesias do Centro Histórico do Porto enquanto sobe as escadas da casa na Rua da Escola Normal. Filomena mora sozinha na casa onde nasceu há 95 anos. A sua família já se foi. É viúva e não tem filhos. "Só tenho um afilhado que me traz umas coisitas quando pode."

As únicas visitas regulares que tem são as meninas do apoio domiciliário da freguesia que, de segunda a sexta, lhe trazem uma refeição, uma palavra amiga e mais coisas. Na passada terça-feira, o almoço era bolinhos de bacalhau com batatas, sopa, pão e fruta. "Mas isto não é só trazer a comida", diz Fátima. "Damos a medicação, limpamos a casa, vemos o correio, preparamos o leite... Elas dependem muito de nós. Algumas têm família, mas não querem saber delas".
fonte: JN


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