Mulheres Portuguesas vivem metade dos anos com saúde

fonte: Associação Amigos da Grande Idade, Inovação e Desenvolvimento

Portugal apresenta um indicador extraordinariamente preocupante ao qual a Associação tem vindo a dar especial importância, pensando mesmo que estará neste indicador um dos mais graves problemas na sustentabilidade futura do envelhecimento no nosso País. Trata-se dos anos que se vivem com saúde após os 65 anos, visível através do seguinte gráfico:

Conseguindo apresentar uma esperança de vida semelhante à média dos Países Europeus, as mulheres em Portugal vivem menos de 5 anos com saúde após os 65 anos. Sabendo que os custos com o envelhecimento têm uma relação directa com os anos que se vivem com doença, percebemos o que nos distingue actualmente de Países como a Espanha e o Reino Unido.

A questão é que este é um problema realmente estrutural que requer uma resposta global e que obriga a integrar a estratégia para a saúde e a estratégia para as necessidades sociais, contribuindo para uma racionalização de meios só possível com uma liderança central. Não podemos continuar a ter uma política de cuidados de saúde primários que estejam de costas voltadas para o envelhecimento da população como não podemos ter uma política social que não cruze o seu planeamento com o serviço nacional de saúde.

Necessitamos pois de um plano nacional que previna que esta situação actual regrida, dando importância principalmente à manutenção da funcionalidade, investindo em serviços e modelos de cuidados que não olhem para a pessoa idosa só quando ela adoece. Propomos uma nova forma de encarar o envelhecimento com uma politica de PREVENÇÃO, actuando e investindo antes da instalação da doença, da incapacidade e da imensa solidão e inutilidade que, nós próprios, promovemos com os modelos actuais.

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