SAGE: AUTO-AVALIAÇÃO PARA DÉFICIT COGNITIVO

Dr. Douglas Scharre, um neurologista da Ohio State University Medical Center, desenvolveu o SAGE (Self-Administrado Gerocognitive Examination) teste que objetiva ajudar a identificar indivíduos com perda de memória em estágio inicial. A pesquisa realizada por Scharre mostra que quatro em cada cinco pessoas com déficit de memória serão detectadas por este teste, e 95% das pessoas que estão sem dificuldades cognitivas terão pontuação adequada no SAGE.

Scharre, que é especialista em tratar clientes com a doença de Alzheimer, disse que os tratamentos para essa e outras demências são mais eficazes quando são iniciados na primeira fase. No entanto, segundo ele, infelizmente muitas vezes esses pacientes só procuram ajuda com três ou quatro anos depois dos primeiros sintomas de um transtorno cognitivo.

“É um problema recorrente”, disse Scharre. ”As pessoas não são auto-suficientes para um diagnóstico, e/ou as famílias tendem a resistir porque não querem a confirmação “dos seus piores medos”. Para o Dr. Scharre seja qual for a razão do diagnóstico tardio, é lamentável, porque as drogas que estão usando atualmente funcionam melhor quanto mais cedo forem iniciadas”.

Para o Dr. Scharre muitos dos instrumentos de avaliação de distúrbios cognitivos que estão sendo usados hoje têm aspectos que dificultam a sua utilização, como o tempo de aplicação e a forma de avaliar que é demasiadamente desconfortável para os clientes que sentem-se testados. Além disso, outros exames atuais de diagnóstico exigem que o paciente use um computador, o que pode adicionar elevado nível de ansiedade para alguns adultos mais velhos, que podem ser usuários ocasionais da tecnologia.

Defende também que as avaliações cognitivas devem estar e serem eficazes em contexto de cuidados primários, como é o caso do SAGE. O SAGE é um instrumento de auto-avaliação prático para atendimento primário.

Leva apenas um papel, caneta e alguns minutos para fazer o teste. ”Eles podem fazer o teste na sala de espera enquanto aguardam o médico” por exemplo.

Scharre disse que há um potencial de redução de custos ao usar testes em ambiente de cuidados primários. Uma pessoa que faz o seu auto-exame provavelmente será mais complacente a tomar medicamentos ou seguir outras recomendações.

Em relação à familiares e cuidadores, Scharre acrescenta que ”Os resultados dos testes anormais podem servir como um alerta para a família do utente”; ”Os resultados podem ser um sinal de que os cuidadores podem precisar de ser mais atenciosos a pequenos aspectos.

Para validar os resultados do exame, Scharre e outros pesquisadores da Ohio State avaliaram os participantes do estudo utilizando SAGE, e, em seguida, avaliarams os mesmos temas com uma bateria de outros instrumentos de avaliação. O estudo envolveu 254 participantes com a idade igual ou superior a 59 anos. Sessenta e três (63) indivíduos foram selecionados aleatoriamente para ter uma avaliação clínica de um dia, utilizando uma bateria de exame físico, neurológico e cognitivo.

O SAGE foi comparado favoravelmente com o mini exame do estado mental (MMSE), que é comumente utilizado na medicina para triagem de alterações cognitivas e demência.

Ambos os testes foram capazes de diferenciar clientes clinicamente normal e com melhora cognitiva. No entanto tanto o MMSE quanto o SAGE não foram capazes de distinguir entre os grupos clinicamente normal e com discreta melhora cognitiva.

Para fazer DOWNLOAD do manual, do teste e do score – clique aqui

Fonte: Alzheimer’s Reading Room e Reabilitação Cognitiva

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