FALTA DE DINHEIRO PARA REMÉDIOS AFECTA UM TERÇO DOS DOENTES CRÓNICOS

fonte: Mundo Sénior


Um terço dos doentes crónicos admite que não compra remédios receitados pelo médico por falta de dinheiro, com maior ou menor frequência. Com um gasto médio mensal de 62,31 euros em medicamentos, mais de metade considera que esta factura representa um peso elevado ou muito elevado no seu orçamento familiar, destaca o Público. São os mais idosos e menos escolarizados os principais afectados por este problema. Esta é uma das realidades que emergem do estudo “A Adesão à Terapêutica em Portugal”, que hoje vai ser apresentado num simpósio sobre o tema, em Lisboa.

Foi a primeira vez que em Portugal se fez um inquérito de âmbito nacional sobre a forma como os doentes aderem às indicações dadas pelos médicos sobre os tratamentos a seguir. Coordenado pelos sociólogos do Instituto de Ciências Sociais (ICS) Manuel Villaverde Cabral e Pedro Alcântara da Silva e patrocinado pela Apifarma, o estudo visou traçar um perfil das atitudes e comportamentos da população portuguesa relativamente à adesão à terapêutica.

O factor económico não é o mais valorizado pelos 1400 inquiridos, quase metade dos quais acreditam ser o esquecimento o principal motivo que pode levar as pessoas a não seguir totalmente as indicações dos médicos. Ainda assim, as restrições económicas representam mais de um quarto do conjunto das razões de natureza comportamental. Na subamostra de pessoas que têm ou tiveram problemas de saúde, se um quarto diz prescindir de alguns medicamentos por não poder comportar os custos, é maior ainda a percentagem dos que abdicam de ir ao dentista por falta de dinheiro (28,6 por cento). A compra de óculos e as consultas médicas também são afectadas (21 e 18,4 por cento, respectivamente).

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