Projeto-piloto arrancou na região Norte e contempla outras medidas, como dotar os centros com material para análises. O objetivo é aumentar a sua capacidade e proteger os hospitais
Os médicos de família vão saber quantas vezes os seus utentes foram às urgências de um hospital, a que horas, se se tratava de uma situação grave ou não e se antes procuraram assistência no centro de saúde e se este foi capaz de lhes dar resposta. A medida já está em teste na região Norte e faz parte do projeto SNS +Proximidade, que envolve outras iniciativas como centros de saúde capazes de fazer análises ou vias diretas com os hospitais para cuidados especializados sem que os utentes encaminhados tenham de passar pelas urgências.
Chama-se SNS +Monitor e está em vigor desde 22 de junho, com o início do projeto SNS +Proximidade na região Norte. A iniciativa abrange 660 mil utentes inscritos nos agrupamentos de centros de saúde (ACES) de Gondomar, Porto Ocidental, Matosinhos e Barcelos. Pessoas com doenças crónicas, com mais de um problema de saúde, com planos individuais de cuidados desenhados em parceria com os médicos de família de forma a estabelecer os objetivos que permitam melhorar a sua saúde.
"O projeto vai permitir ao médico de família saber quais os utentes que vão mais vezes às urgências, a que horas foi, a cor da pulseira atribuída na triagem, se no mesmo dia foi ao centro de saúde para se perceber se é um sobreutilizador. Entre as primeiras coisas a avaliar é se conseguiu uma consulta aberta no centro de saúde e quanto tempo esperou após o pedido da mesma. Interessa saber se está a seguir o plano individual de cuidados, se foi ou não às consultas da especialidade.
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