Encerramento das extensões do Centro de Saúde de Castro Marim (Azinhal e Odeleite)

fonte: Público

Cerca de 1500 habitantes exigiram o regresso do médico à aldeia, em manifestação realizada frente à ARS do Algarve. Desde o dia passado dia 14, disse o presidente da câmara de Castro Marim, “as pessoas ficaram à deriva”.

A população, pobre e idosa, do nordeste algarvio chegou hoje, de autocarro a Faro para protestar contra o encerrado das extensões do Centro de Saúde de Castro Marim, nas freguesias de Azinhal e Odeleite. A Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve, no passado dia 14, mandou encerrar os serviços que, naquelas localidades, duas vezes por semana garantia a visita de um médico e de um enfermeiro.

Pelos montes isolados e nas aldeias deste concelho vivem cerca de 1500 habitantes, a distancias que chegam aos 40 de quilómetros da sede do concelho, e sem transporte público.

“Se quiserem ir ao médico, as pessoas tem de se deslocar a Castro Marim – preferem sofrer, não vão”, disse o presidente da junta de freguesia do Azinhal, António Baltazar, prometendo “não descansar, enquanto não forem reabertas as extensões de saúde”.

Ao vogal da ARS do Algarve, Miguel Madeira, entregaram um abaixo-assinado com 650 subscritores a exigir que o Governo volte atrás numa decisão que, alegam, “não reduz despesa, só castiga ainda mais aqueles que levaram uma vida de sacrifício”.

O autarca do Azinhal recordou que o ministro Paulo Macedo, há cerca de um mês, esteve na localidade a inaugurar a Unidade de Cuidados Continuados, e nada sugeriu sobre uma decisão que, aparentemente, já estaria prevista.

No final do protesto, Miguel Madeira, em substituição do presidente da ARS que se encontra demissionário, garantiu aos jornalistas que a “decisão [de encerrar as extensões de saúde] foi validada superiormente”.

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