A infertilidade é hoje em dia um problema que afecta milhares de casais em
Portugal. Actualmente pensa-se que cerca de 20% dos casais em idade fértil têm
dificuldade em ter filhos. O casal que pretende ter filhos deve pedir apoio especializado e seguir um programa de acompanhamento contínuo. O recurso à técnicas de reprodução medicamente assistidas são essenciais.
A todo este processo antecede uma preparação prévia do casal e administração de terapêutica farmacológica. A enfermeirosPT, presta este tipo de serviços no conforto do Lar o que permite maior garantia dos tempos de administração, preparação do casal, esclarecimento de dúvidas, correcta administração, sigilo e privacidade. Consulte-nos em www.enfermeirospt.com ou ligue 707 30 30 60 para marcar uma visita do nosso profissional.
1 - A Terapêutica Farmacológica
A perspectiva de uma terapêutica farmacológica pode ser algo assustadora. É natural que queiram saber o máximo possível sobre os fármacos que irão tomar. É importante conhecer os possíveis efeitos secundários de cada um dos fármacos que vos for administrado. Desta forma, saberão exactamente o que esperar, bem como a finalidade do fármaco.Não se inibam de fazer perguntas ao vosso médico ou enfermeiro.
2 - Anovulação
A ausência de ovulação (libertação do óvulo) é uma das causas mais comuns de infertilidade feminina. Sem ovulação, não é possível engravidar. Os problemas de ovulação são facilmente detectáveis se o ciclo da mulher for, por norma, irregular ou inexistente (ausência de menstruação). Felizmente, ainda que os ovários não libertem um óvulo por mês, é muitas vezes possível induzir este fenómeno com fármacos destinados a estimular a ovulação. Este tratamento designa-se por indução da ovulação.
3 - Indução da Ovulação
A indução da ovulação é um elemento fundamental de vários tratamentos de infertilidade. Os fármacos indutores da ovulação são frequentemente utilizados, isoladamente ou em combinação com outros tratamentos de estimulação da fertilidade (estimulação ovárica), para estimular a maturação de um maior número de folículos e, desta forma, aumentar o número de óvulos libertados para posterior utilização em técnicas de procriação medicamente assistida, tais como a inseminação intra-uterina (IIU) ou a fertilização in vitro (FIV).
4 - Fármacos para Indução da Ovulação
Existem vários tipos de fármacos de indução da ovulação. Este tratamento visa estimular ou induzir a ovulação (libertação do óvulo) através da administração de fármacos. Os fármacos podem ser administrados sob a forma de comprimidos, injecções ou através de uma bomba. O que irá depender de vários factores, nomeadamente da causa do problema de ovulação. Vamos destacar alguns fármacos utilizados
4.1 - ORGALUTRAN
Indicações: Para prevenir a luteinização prematura induzida pela
hormona luteinizante em mulheres submetidas a estimulação ovárica para técnicas
de procriação assistida;
Reacções adversas: Náuseas, cefaleias, tonturas, astenia, mal estar geral e nalguns casos dor abdominal.
Contra-indicações e precauções: Gravidez, aleitamento. IR ou IH.
Posologia: Via SC: 0,25 mg 1 vez/dia, com início no 6º dia da administração da hormona luteinizante. Deve manter-se o tratamento diário com 0,25 mg até se terem conseguido obter folículos em número suficiente.
4.2 - GONAL ou PUREGON
É a hormona estimulante do folículo ou FSH humana recombinante, preparada por
biotecnologia. Enquanto as formulações farmacêuticas de preparação mais
grosseira só podem administrar-se por via IM, os medicamentos contendo FSH
altamente purificada e FSH recombinada podem ser administrados por via
SC.
Indicações: Em situações de anovulação em mulheres que não responderam a outros medicamentos ou para estimulação do desenvolvimento multifolicular em mulheres submetidas a técnicas de procriação medicamente assistida, tais como a fertilização in vitro.
Reacções adversas: Edemas; cefaleias e alteração do humor, reacções alérgicas.
Posologia: Via SC de acordo com a respostas dos doentes, doses de 75 a 225 UI/dia e durante 5 a 20 dias, de acordo com a situação clínica.
Indicações: Em situações de anovulação em mulheres que não responderam a outros medicamentos ou para estimulação do desenvolvimento multifolicular em mulheres submetidas a técnicas de procriação medicamente assistida, tais como a fertilização in vitro.
Reacções adversas: Edemas; cefaleias e alteração do humor, reacções alérgicas.
Posologia: Via SC de acordo com a respostas dos doentes, doses de 75 a 225 UI/dia e durante 5 a 20 dias, de acordo com a situação clínica.
4.3 - PERGOVERIS
A possibilidade tecnológica da associação da folitropina alfa com a lutropina alfa, numa administração única com os dois
componentes nas dosagens apresentadas e por via subcutânea veio beneficiar as
possibilidades de utilização terapêutica em situações em que se pretende uma
estimulação multifolicular em técnicas de procriação medicamente assistida e um
estímulo na produção da hormona luteinizante e da hormona estimulante do
folículo.
Indicações: Nas situações de infertilidade feminina e com prescrição por médico com experiência nas técnicas de procriação medicamente assistida. V. Estimulantes da ovulação e gonadotropinas (8.6.) e a apresentação de cada um dos fármacos isoladamente.
Posologia: Via SC de acordo com a situação clínica e com a resposta terapêutica.
4.4 - OVITRELLE ou PREGNYL ou MENOPUR
Tem actividade biológica semelhante à hormona luteinizante, é segregada pela
placenta e pelos tumores trofoblásticos. Actua no início e na regulação da
gametogénese, regulando a maturação do folículo e a formação do corpo amarelo no
ovário, na espermatogénese e no desenvolvimento do tecido intersticial do
testículo.
Indicações: Em ginecologia para produção do pico pré-ovulatório da hormona luteinizante (LH) na indução da ovulação e no atraso da puberdade;
Indicações: Em ginecologia para produção do pico pré-ovulatório da hormona luteinizante (LH) na indução da ovulação e no atraso da puberdade;
Reacções adversas: Aparecimento de edemas (particularmente nos homens, aconselhando-se em tais situações redução da posologia); cefaleias e alteração do humor; ginecomastia; reacções alérgicas. Com doses elevadas existe, nos jovens, a possibilidade de puberdade precoce.
Posologia:
Via IM ou SC de acordo com a situação clínica e a resposta do doente. A
dosagem e os regimes terapêuticos podem variar entre 250 microgramas a 5 mg/dia
(ou em UI de 500 a 10000 UI/dia) que devem ser cuidadosamente individualizados
em função da situação clínica, da idade e das características do doente. A cada micrograma de gonadotropina correspondem 2 UI.
4.5 - LUVERIS
Indicações: Na produção de hormona luteinizante e da hormona
estimulante do folículo em mulheres com insuficiência grave na produção destas
hormonas. Usa-se a hormona luteinizante humana recombinante em associação com
uma preparação de hormona estimulante do folículo.
Reacções adversas: Possíveis reacções no local da injecção; cefaleias e sonolência; náuseas, vómitos e dor abdominal.
Posologia: Injecção SC em associação com a hormona estimulante do folículo. O regime posológico inicia-se com a dose diária de 75 UI de lutropina alfa associada a 75-125 UI de folitropina e ajustado de acordo com a resposta da doente.
Reacções adversas: Possíveis reacções no local da injecção; cefaleias e sonolência; náuseas, vómitos e dor abdominal.
Posologia: Injecção SC em associação com a hormona estimulante do folículo. O regime posológico inicia-se com a dose diária de 75 UI de lutropina alfa associada a 75-125 UI de folitropina e ajustado de acordo com a resposta da doente.
4.6 - BRAVELLE
É uma gonadotropina obtida a partir de urina de mulheres menopáusicas, sem LH,
ou do extracto da urina de mulheres pós-menopaúsicas, que contém derivados
urinários da FSH.
Reacções adversas: Edemas; cefaleias e alteração do humor, reacções alérgicas.
Posologia: Injecção por via IM ou SC de acordo com a situação clínica e a resposta do doente e algumas vezes dependente de resposta anterior à gonadotrofina.
Reacções adversas: Edemas; cefaleias e alteração do humor, reacções alérgicas.
Posologia: Injecção por via IM ou SC de acordo com a situação clínica e a resposta do doente e algumas vezes dependente de resposta anterior à gonadotrofina.