Medo de perder a independência é comum... mesmo nos Idosos

A intransigência de alguns idosos acaba por enlouquecer as famílias, acabando estas por não saber como lidar com a situação. Os filhos presenciam, algumas vezes, um idoso cair inúmeras vezes, e querem intervir, mudando o piso da casa, melhorando a luz e o espaço físico ou transferindo-o para um ambiente mais seguro. Mas o idoso insiste que não… Afinal, não há nada de errado com ele ou com a casa em que ele sempre viveu. Em outros casos, os parentes percebem que o idoso, que mora sozinho, está perdendo peso porque se esquece de comer ou porque não pode ir com facilidade ao supermercado e cozinhar para si mesmo. São alguns dos dilemas mais frequentes com que as famílias se deparam.

Os familiares tentam intervir, contratando uma cuidadora que faça este serviço durante o dia… O idoso não percepciona nem aceita a dependência de outros... De uma forma geral rejeita as sugestões dos parentes e diz que não precisa de qualquer ajuda. Os exemplos mencionados não representam fielmente todos os idosos, mas incluem muitos deles. E que mais a família pode esperar do idoso? Crescemos numa cultura ocidental, onde ouvimos, desde crianças, que a independência é um bem supremo, uma conquista maravilhosa.

Valorizamos muito nossa independência e os idosos também. No entanto, a maioria dos idosos chegará a um ponto de dependência numa fase, no final da vida, em que terá de depender dos outros para realizar tarefas quotidianas, como tomar banho ou se vestir. Em algumas culturas, onde a família multigeracional permanece normativa, talvez esta fase pareça mais natural.

Dependência gera raiva, vergonha, desafio. É aceitável apenas para crianças e adultos. Mas para séniores depender de alguém não é apenas uma realidade desconfortável, é impensável. Estamos sempre dispostos a pensar que somos capazes de cuidar de nós mesmos. E, de preferência, para sempre. Racionalmente, podemos argumentar com nossos parentes idosos que esta certeza de independência absoluta e infinita é um absurdo, que todos nós somos dependentes, dentro de uma teia global de outras pessoas, todos os dias de nossas vidas. Nem todos acatam as sugestões: "está na hora de parar de dirigir…"; "o melhor é usar o autocarro e o metro"; "está na hora de contratar um cuidador/enfermeiro para te ajudar nas atividades diárias e cuidar da tua saúde". Todas essas mudanças implicarão negociações difíceis e dolorosas dentro de algumas famílias.

Nós todos crescemos tendo a independência como um valor fundamental. Abrir mão dela, parcialmente ou totalmente, não é um processo fácil. É preciso compreender isto para agir, visando assegurar que as ‘medidas restritivas de autonomia’ não arrasem os sentimentos de quem queremos ajudar”. “Há muitas formas de envelhecer, mas algumas provocam mudanças que geram um excesso de trabalho ou responsabilidade para um dos membros da família. E ao acontecer isto corremos o risco de agravar a saúde física e emocional desse familiar, que terá implicações no cuidado ao Idoso/dependente.

É neste momento que a família deve pensar em contratar um profissional habilitado para cuidar da saúde do idoso”. Apesar dos esforços despendidos para garantir uma velhice cada vez mais ativa e saudável, muitos idosos experimentam algum grau de dependência e fragilidade nessa fase. “Há indivíduos que envelhecem com algum prejuízo, mas mantém certa independência. Nestes casos, o cuidador profissional pode auxiliar nas atividades quotidianas que o idoso não é mais capaz de realizar sozinho, além de participar no processo de reabilitação.

Exemplos de idosos nesta condição são diabéticos com complicações, pacientes em tratamento de cancro, em pós-operatório, com fraturas ósseas”. Mas há também idosos que se apresentam totalmente dependentes, com pouco ou nenhuma autonomia. “Nesta situação estão os indivíduos com Alzheimer e Parkinson, em estágios avançados, com sequelas de isquemia cerebral (derrames) e os acamados. Para estes o cuidador profissional presta um auxílio valioso, visando manter as melhores condições físicas possíveis. E para isto, o cuidador realiza uma grande gama de ações relacionadas à higiene pessoal, à alimentação e à administração de medicações”.

Consulte-nos ligando para 707 30 30 60

Enviar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem