OMS: mais perigoso ir ao hospital que andar de avião


É mais arriscado e perigoso ir a um hospital do que voar de avião. O alerta foi feito pelo representante dos pacientes na Organização Mundial de Saúde (OMS), tendo em conta os milhões de mortes registados anualmente devido a erros médicos ou infecções hospitalares.

"Se um cidadão é internado num hospital de qualquer país do mundo, tem 10% de probabilidades de vir a ser vítima de algum erro, e um em cada 300 casos pode levar à morte", afirmou Liam Donaldson, citado pelo El Mundo. Segundo este responsável, o risco de se morrer num acidente aérea é de uma possibilidade em cada 10 milhões, dados que, de acordo com Donaldson, "demonstram que a atenção sanitária em geral, em todo o mundo, tem ainda um longo caminho para percorrer".

Anualmente, centenas de milhões de pessoas sofrem de infecções adquiridas em ambientes hospitalares, o que leva a OMS a pedir aos pacientes para fazerem mais perguntas e se envolverem mais nas decisões tomadas enquanto estão internados em hospitalares. Isto com o intuito de controlarem situações como a higiene, pois, segundo o mesmo organismo, mais de metade das infecções poderia ser evitada se os profissionais de saúde lavassem as mãos antes de tratarem dos doentes, escreve ainda o jornal espanhol.

O risco de contrair uma infecção é maior quanto mais tempo se passa nas unidades de cuidados intensivos, alerta Donaldson, adiantando que equipamentos como os catéteres e os ventiladores estão associados a taxas de infecção mais elevadas.

O problema não é igual em todas as zonas do mundo, mesmo entre países mais desenvolvidos. A taxa de mortes causadas por infecções hospitalares é mais elevada nos EUA que na Europa: por ano há 1,7 milhões de infecções nos EUA, resultando em 100 mil mortes; na Europa registam-se 4,5 milhões de infecções, provocando 37 mil mortes.

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